PEREGRINAÇÃO: NOS PASSOS DE EDITH STEIN

PEREGRINAÇÃO: NOS PASSOS DE EDITH STEIN

sexta-feira, 10 de julho de 2009

HOMENAGEM DO GT EDITH STEIN PARA KÁTIA GADÊNIA DA SILVA COELHO






Na passagem da sua formatura em Bacharel de filosofia, no dia 09/07/2009, nosso preito de gratidão pelos relevantes serviços prestados ao nosso grupo de estudo, PARABÉNS!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Material enviado por nossa correspondente de Roma

CARTA ENCÍCLICA


CARITAS IN VERITATE

DO SUMO PONTÍFICE BENTO XVI
AOS BISPOS, AOS PRESBÍTEROS E DIÁCONOS
ÀS PESSOAS CONSAGRADAS, AOS FIÉIS LEIGOS
E A TODOS OS HOMENS DE BOA VONTADE

SOBRE O DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL
NA CARIDADE E NA VERDADE

INTRODUÇÃO

1. A caridade na verdade, que Jesus Cristo testemunhou com a sua vida terrena e sobretudo com a sua morte e ressurreição, é a força propulsora principal para o verdadeiro desenvolvimento de cada pessoa e da humanidade inteira. O amor — « caritas » — é uma força extraordinária, que impele as pessoas a comprometerem-se, com coragem e generosidade, no campo da justiça e da paz. É uma força que tem a sua origem em Deus, Amor eterno e Verdade absoluta. Cada um encontra o bem próprio, aderindo ao projecto que Deus tem para ele a fim de o realizar plenamente: com efeito, é em tal projecto que encontra a verdade sobre si mesmo e, aderindo a ela, torna-se livre (cf. Jo 8, 22). Por isso, defender a verdade, propô-la com humildade e convicção e testemunhá-la na vida são formas exigentes e imprescindíveis de caridade. Esta, de facto, « rejubila com a verdade » (1 Cor 13, 6). Todos os homens sentem o impulso interior para amar de maneira autêntica: amor e verdade nunca desaparecem de todo neles, porque são a vocação colocada por Deus no coração e na mente de cada homem. Jesus Cristo purifica e liberta das nossas carências humanas a busca do amor e da verdade e desvenda-nos, em plenitude, a iniciativa de amor e o projecto de vida verdadeira que Deus preparou para nós. Em Cristo, a caridade na verdade torna-se o Rosto da sua Pessoa, uma vocação a nós dirigida para amarmos os nossos irmãos na verdade do seu projecto. De facto, Ele mesmo é a Verdade (cf. Jo 14, 6).

2. A caridade é a via mestra da doutrina social da Igreja. As diversas responsabilidades e compromissos por ela delineados derivam da caridade, que é — como ensinou Jesus — a síntese de toda a Lei (cf. Mt 22, 36-40). A caridade dá verdadeira substância à relação pessoal com Deus e com o próximo; é o princípio não só das micro-relações estabelecidas entre amigos, na família, no pequeno grupo, mas também das macro-relações como relacionamentos sociais, económicos, políticos. Para a Igreja — instruída pelo Evangelho —, a caridade é tudo porque, como ensina S. João (cf. 1 Jo 4, 8.16) e como recordei na minha primeira carta encíclica, « Deus é caridade » (Deus caritas est): da caridade de Deus tudo provém, por ela tudo toma forma, para ela tudo tende. A caridade é o dom maior que Deus concedeu aos homens; é sua promessa e nossa esperança. Estou ciente dos desvios e esvaziamento de sentido que a caridade não cessa de enfrentar com o risco, daí resultante, de ser mal entendida, de excluí-la da vida ética e, em todo o caso, de impedir a sua correcta valorização. Nos âmbitos social, jurídico, cultural, político e económico, ou seja, nos contextos mais expostos a tal perigo, não é difícil ouvir declarar a sua irrelevância para interpretar e orientar as responsabilidades morais. Daqui a necessidade de conjugar a caridade com a verdade, não só na direcção assinalada por S. Paulo da « veritas in caritate » (Ef 4, 15), mas também na direcção inversa e complementar da « caritas in veritate ». A verdade há-de ser procurada, encontrada e expressa na « economia » da caridade, mas esta por sua vez há-de ser compreendida, avaliada e praticada sob a luz da verdade. Deste modo teremos não apenas prestado um serviço à caridade, iluminada pela verdade, mas também contribuído para acreditar a verdade, mostrando o seu poder de autenticação e persuasão na vida social concreta. Facto este que se deve ter bem em conta hoje, num contexto social e cultural que relativiza a verdade, aparecendo muitas vezes negligente senão mesmo refractário à mesma.

3. Pela sua estreita ligação com a verdade, a caridade pode ser reconhecida como expressão autêntica de humanidade e como elemento de importância fundamental nas relações humanas, nomeadamente de natureza pública. Só na verdade é que a caridade refulge e pode ser autenticamente vivida. A verdade é luz que dá sentido e valor à caridade. Esta luz é simultaneamente a luz da razão e a da fé, através das quais a inteligência chega à verdade natural e sobrenatural da caridade: identifica o seu significado de doação, acolhimento e comunhão. Sem verdade, a caridade cai no sentimentalismo. O amor torna-se um invólucro vazio, que se pode encher arbitrariamente. É o risco fatal do amor numa cultura sem verdade; acaba prisioneiro das emoções e opiniões contingentes dos indivíduos, uma palavra abusada e adulterada chegando a significar o oposto do que é realmente. A verdade liberta a caridade dos estrangulamentos do emotivismo, que a despoja de conteúdos relacionais e sociais, e do fideísmo, que a priva de amplitude humana e universal. Na verdade, a caridade reflecte a dimensão simultaneamente pessoal e pública da fé no Deus bíblico, que é conjuntamente « Agápe » e « Lógos »: Caridade e Verdade, Amor e Palavra.

4. Porque repleta de verdade, a caridade pode ser compreendida pelo homem na sua riqueza de valores, partilhada e comunicada. Com efeito, a verdade é « lógos » que cria « diá-logos » e, consequentemente, comunicação e comunhão. A verdade, fazendo sair os homens das opiniões e sensações subjectivas, permite-lhes ultrapassar determinações culturais e históricas para se encontrarem na avaliação do valor e substância das coisas. A verdade abre e une as inteligências no lógos do amor: tal é o anúncio e o testemunho cristão da caridade. No actual contexto social e cultural, em que aparece generalizada a tendência de relativizar a verdade, viver a caridade na verdade leva a compreender que a adesão aos valores do cristianismo é um elemento útil e mesmo indispensável para a construção duma boa sociedade e dum verdadeiro desenvolvimento humano integral. Um cristianismo de caridade sem verdade pode ser facilmente confundido com uma reserva de bons sentimentos, úteis para a convivência social mas marginais. Deste modo, deixaria de haver verdadeira e propriamente lugar para Deus no mundo. Sem a verdade, a caridade acaba confinada num âmbito restrito e carecido de relações; fica excluída dos projectos e processos de construção dum desenvolvimento humano de alcance universal, no diálogo entre o saber e a realização prática.

5. A caridade é amor recebido e dado; é « graça » (cháris). A sua nascente é o amor fontal do Pai pelo Filho no Espírito Santo. É amor que, pelo Filho, desce sobre nós. É amor criador, pelo qual existimos; amor redentor, pelo qual somos recriados. Amor revelado e vivido por Cristo (cf. Jo 13, 1), é « derramado em nossos corações pelo Espírito Santo » (Rm 5, 5). Destinatários do amor de Deus, os homens são constituídos sujeitos de caridade, chamados a fazerem-se eles mesmos instrumentos da graça, para difundir a caridade de Deus e tecer redes de caridade. A esta dinâmica de caridade recebida e dada, propõe-se dar resposta a doutrina social da Igreja. Tal doutrina é « caritas in veritate in re sociali », ou seja, proclamação da verdade do amor de Cristo na sociedade; é serviço da caridade, mas na verdade. Esta preserva e exprime a força libertadora da caridade nas vicissitudes sempre novas da história. É ao mesmo tempo verdade da fé e da razão, na distinção e, conjuntamente, sinergia destes dois âmbitos cognitivos. O desenvolvimento, o bem-estar social, uma solução adequada dos graves problemas sócio-económicos que afligem a humanidade precisam desta verdade. Mais ainda, necessitam que tal verdade seja amada e testemunhada. Sem verdade, sem confiança e amor pelo que é verdadeiro, não há consciência e responsabilidade social, e a actividade social acaba à mercê de interesses privados e lógicas de poder, com efeitos desagregadores na sociedade, sobretudo numa sociedade em vias de globalização que atravessa momentos difíceis como os actuais.

6. « Caritas in veritate » é um princípio à volta do qual gira a doutrina social da Igreja, princípio que ganha forma operativa em critérios orientadores da acção moral. Destes, desejo lembrar dois em particular, requeridos especialmente pelo compromisso em prol do desenvolvimento numa sociedade em vias de globalização: a justiça e o bem comum. Em primeiro lugar, a justiça. Ubi societas, ibi ius: cada sociedade elabora um sistema próprio de justiça. A caridade supera a justiça, porque amar é dar, oferecer ao outro do que é « meu »; mas nunca existe sem a justiça, que induz a dar ao outro o que é « dele », o que lhe pertence em razão do seu ser e do seu agir. Não posso « dar » ao outro do que é meu, sem antes lhe ter dado aquilo que lhe compete por justiça. Quem ama os outros com caridade é, antes de mais nada, justo para com eles. A justiça não só não é alheia à caridade, não só não é um caminho alternativo ou paralelo à caridade, mas é « inseparável da caridade »[1], é-lhe intrínseca. A justiça é o primeiro caminho da caridade ou, como chegou a dizer Paulo VI, « a medida mínima » dela[2], parte integrante daquele amor « por acções e em verdade » (1 Jo 3, 18) a que nos exorta o apóstolo João. Por um lado, a caridade exige a justiça: o reconhecimento e o respeito dos legítimos direitos dos indivíduos e dos povos. Aquela empenha-se na construção da « cidade do homem » segundo o direito e a justiça. Por outro, a caridade supera a justiça e completa-a com a lógica do dom e do perdão[3]. A « cidade do homem » não se move apenas por relações feitas de direitos e de deveres, mas antes e sobretudo por relações de gratuidade, misericórdia e comunhão. A caridade manifesta sempre, mesmo nas relações humanas, o amor de Deus; dá valor teologal e salvífico a todo o empenho de justiça no mundo.

7. Depois, é preciso ter em grande consideração o bem comum. Amar alguém é querer o seu bem e trabalhar eficazmente pelo mesmo. Ao lado do bem individual, existe um bem ligado à vida social das pessoas: o bem comum. É o bem daquele « nós-todos », formado por indivíduos, famílias e grupos intermédios que se unem em comunidade social[4]. Não é um bem procurado por si mesmo, mas para as pessoas que fazem parte da comunidade social e que, só nela, podem realmente e com maior eficácia obter o próprio bem. Querer o bem comum e trabalhar por ele é exigência de justiça e de caridade. Comprometer-se pelo bem comum é, por um lado, cuidar e, por outro, valer-se daquele conjunto de instituições que estruturam jurídica, civil, política e culturalmente a vida social, que deste modo toma a forma de pólis, cidade. Ama-se tanto mais eficazmente o próximo, quanto mais se trabalha em prol de um bem comum que dê resposta também às suas necessidade reais. Todo o cristão é chamado a esta caridade, conforme a sua vocação e segundo as possibilidades que tem de incidência na pólis. Este é o caminho institucional — podemos mesmo dizer político — da caridade, não menos qualificado e incisivo do que o é a caridade que vai directamente ao encontro do próximo, fora das mediações institucionais da pólis. Quando o empenho pelo bem comum é animado pela caridade, tem uma valência superior à do empenho simplesmente secular e político. Aquele, como todo o empenho pela justiça, inscreve-se no testemunho da caridade divina que, agindo no tempo, prepara o eterno. A acção do homem sobre a terra, quando é inspirada e sustentada pela caridade, contribui para a edificação daquela cidade universal de Deus que é a meta para onde caminha a história da família humana. Numa sociedade em vias de globalização, o bem comum e o empenho em seu favor não podem deixar de assumir as dimensões da família humana inteira, ou seja, da comunidade dos povos e das nações[5], para dar forma de unidade e paz à cidade do homem e torná-la em certa medida antecipação que prefigura a cidade de Deus sem barreiras.

8. Ao publicar a encíclica Populorum progressio em 1967, o meu venerado predecessor Paulo VI iluminou o grande tema do desenvolvimento dos povos com o esplendor da verdade e com a luz suave da caridade de Cristo. Afirmou que o anúncio de Cristo é o primeiro e principal factor de desenvolvimento [6] e deixou-nos a recomendação de caminhar pela estrada do desenvolvimento com todo o nosso coração e com toda a nossa inteligência [7], ou seja, com o ardor da caridade e a sapiência da verdade. É a verdade originária do amor de Deus — graça a nós concedida — que abre ao dom a nossa vida e torna possível esperar num « desenvolvimento do homem todo e de todos os homens »[8], numa passagem « de condições menos humanas a condições mais humanas »[9], que se obtém vencendo as dificuldades que inevitavelmente se encontram ao longo do caminho. Passados mais de quarenta anos da publicação da referida encíclica, pretendo prestar homenagem e honrar a memória do grande Pontífice Paulo VI, retomando os seus ensinamentos sobre o desenvolvimento humano integral e colocando-me na senda pelos mesmos traçada para os actualizar nos dias que correm. Este processo de actualização teve início com a encíclica Sollicitudo rei socialis do Servo de Deus João Paulo II, que desse modo quis comemorar a Populorum progressio no vigésimo aniversário da sua publicação. Até então, semelhante comemoração tinha-se reservado apenas para a Rerum novarum. Passados outros vinte anos, exprimo a minha convicção de que a Populorum progressio merece ser considerada como « a Rerum novarum da época contemporânea », que ilumina o caminho da humanidade em vias de unificação.

9. O amor na verdade — caritas in veritate — é um grande desafio para a Igreja num mundo em crescente e incisiva globalização. O risco do nosso tempo é que, à real interdependência dos homens e dos povos, não corresponda a interacção ética das consciências e das inteligências, da qual possa resultar um desenvolvimento verdadeiramente humano. Só através da caridade, iluminada pela luz da razão e da fé, é possível alcançar objectivos de desenvolvimento dotados de uma valência mais humana e humanizadora. A partilha dos bens e recursos, da qual deriva o autêntico desenvolvimento, não é assegurada pelo simples progresso técnico e por meras relações de conveniência, mas pelo potencial de amor que vence o mal com o bem (cf. Rm 12, 21) e abre à reciprocidade das consciências e das liberdades. A Igreja não tem soluções técnicas para oferecer [10] e não pretende « de modo algum imiscuir-se na política dos Estados »[11]; mas tem uma missão ao serviço da verdade para cumprir, em todo o tempo e contingência, a favor de uma sociedade à medida do homem, da sua dignidade, da sua vocação. Sem verdade, cai-se numa visão empirista e céptica da vida, incapaz de se elevar acima da acção porque não está interessada em identificar os valores — às vezes nem sequer os significados — pelos quais julgá-la e orientá-la. A fidelidade ao homem exige a fidelidade à verdade, a única que é garantia de liberdade (cf. Jo 8, 32) e da possibilidade dum desenvolvimento humano integral. É por isso que a Igreja a procura, anuncia incansavelmente e reconhece em todo o lado onde a mesma se apresente. Para a Igreja, esta missão ao serviço da verdade é irrenunciável. A sua doutrina social é um momento singular deste anúncio: é serviço à verdade que liberta. Aberta à verdade, qualquer que seja o saber donde provenha, a doutrina social da Igreja acolhe-a, compõe numa unidade os fragmentos em que frequentemente a encontra, e serve-lhe de medianeira na vida sempre nova da sociedade dos homens e dos povos[12].

Material enviado por nossa correspondente de Roma do site Agencia ecclesia.

Edith Stein homenageada na Alemanha


http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=73847
Um busto de Santa Edith Stein, religiosa de origem judaica assassinada
por nazistas e canonizada em 1998 por João Paulo II, foi instalado
esta Quinta-feira no templo Walhalla, em Donaustauf (sul da Alemanha).

Desde o século XIX, esta igreja acolhe, por tradição, estátuas e
placas de homenagem a personalidades alemãs de destaque.

A escultura da religiosa, carmelita e filósofa é a número 129 do
panteão e a sexta de uma mulher, depois de há seis anos, ter sido
honrada a memória de Sophie Scholl, integrante do grupo «La Rosa
Blanca», de resistência estudantil contra o nazismo. O pedido para que
esta santa da Igreja católica tivesse um busto na igreja foi
apresentado por um particular, em 1986. A aprovação chegou 20 anos
depois.

Edith Stein, devia ser, segundo o arcebispo emérito de Munique e
Freising, o Cardeal Friedrich Wetter, "um exemplo para os jovens".

"Precisamos de pessoas coerentes nas suas ideias e actos, que tenham
os pés no chão, comprometidas com valores que tornem a vida mais
humana".

Edith Stein, nascida em Wroclaw, na Polónia, converteu-se do judaísmo
ao catolicismo aos 30 ano. Trabalhou como professora de pedagogia até
ser inabilitada pelo nazismo, devido à sua origem judia, em 1933.

Naquele mesmo ano, ingressou na Ordem das Carmelitas em Colónia, onde
adoptou o nome de Irmã Teresa Benedita da Cruz. Em 1938, fugiu para a
Holanda, e quatro anos depois, foi presa e deportada para o campo de
concentração de Auschwitz, onde morreu.

Em 1933, Stein escreveu uma carta ao Papa Pio XII, advertindo sobre a
crescente perseguição contra os judeus na Alemanha nazista e os crimes
cometidos pelo Terceiro Reich.

Redacção/Rádio Vaticano

Internacional | Agência Ecclesia | 2009-06-26 | 15:01:39 | 1973
Caracteres | História da Igreja

domingo, 5 de julho de 2009

UMA REFLEXÃO SOBRE O SENTIDO DO SER EM EDITH STEIN

Ursula Anne Matthias*
Kátia Gardênia da Silva Coelho **


Edith Stein conservou o ponto de partida do seu anseio sob ato e potência, focalizando o problema do ser, apresentando a comparação entre o pensamento tomístico e o fenomenológico, ou seja, uma análise existencial fenomenológico do ser humano aberto ao estranho pelo qual faz uma determinada experiência; sendo assim, o ser humano é considerado o ser finito por excelência.
Nas investigações sobre o sentido do ser, busca estabelecer um diálogo com o pensamento medieval e o pensamento contemporâneo, para abstrair o conceito de filosofia cristã que possa revelar algo sobre o ser, resultando numa maior compreensão da realidade. Em “Ser finito e Ser eterno”, o próprio ser é reconhecido como finito e limitado, um ser temporal, enquanto ser essencial, encontra-se em um ser que não é subordinado à limitação qualitativa do ser finito.
A atualidade deve ser compreendida como realidade. Portanto, essa realidade significa o perfeito acabamento do ser, cujo efeito e manifestação consiste na atividade, visto que, no indivíduo a atualidade significa o verdadeiro modo do ser e de atualizar suas próprias faculdades, examinando o alcance da existência do eu como fonte de conhecimento. Entretanto, o ser perfeito não pode ser considerado o ser potencial, visto que a perfeição está na realidade e, ao mesmo tempo, na mente de Deus porque Ele abrange tudo e possui uma existência transcendente.
Não poderíamos esquecer que Edith Stein quando foi assistente de Husserl em Friburgo, quando se orientava para a fenomenologia; época em que entrou em contato com Heidegger,[1]ainda que seus caminhos tenham sido diferentes, enquanto este se encaminhou para o existencialismo, Edith Stein seguiu o itinerário da fé, então, após sua leitura da obra “O ser e o tempo”, de Heidegger, surgiu-lhe a necessidade de contrapor seu pensamento sobre a questão do sentido do ser; dessa maneira apresenta um apêndice na obra “Ser finito e ser eterno” sobre a filosofia existencial de Heidegger. Esta obra, publicada somente em 1951, de início era uma elaboração da doutrina do ato e potência segundo a visão tomística, como também, podemos dizer, recebeu forte influência do Padre Przywara, de H. Conrad Martins e outros.
O título “Ser finito e Ser eterno”, brota dessa experiência do indivíduo com o divino, certamente, uma nova contribuição para a filosofia que busca investigar e interpretar a realidade.

2. Uma reflexão sobre o sentido do ser

O ponto de vista fenomenológico, tratado na obra “Ser finito e Ser eterno”, é importante e preliminar, dele pode surgir uma abertura ao estranho no campo de análise filosófica, permitindo uma reflexão sobre o sentido do ser, através da relação do Criador com a criatura, uma tomada de posição referente aos diversos pontos de vista, e da possibilidade de uma filosofia cristã.
Edith Stein, por sua vez, parte da doutrina da via do ato e da potência em Tomás, para elaborar as questões relativas ao ser. No entanto, para ela, é necessário olhar as noções particulares dos sistemas filosóficos, já que, a filosofia engloba o todo, com a pretensão de apresentar um caminho comum, para todos aqueles que buscam a verdade. Nessa perspectiva, a metafísica de Tomás trata de uma filosofia do ser, porém, ao mergulhar nas discussões sobre a potência, chega a perguntar sobre o problema de Deus que possui a potência, desembocando, assim, num duplo significados de noções referentes à potencia e ao ato,[2] que podemos observar nas seguintes palavras o que significa:

O conjunto do sistema de noções fundamentais está divida por uma linha radical que, começando pelo ser, divide cada noção em dois aspectos muito diferente: não se pode dizer o mesmo com idêntico sentido de Deus e das criaturas. Se apesar disto de podem empregar as mesmas expressões para Deus e as criaturas, se deve a que os términos não são unívocos nem tão pouco absolutamente equívocos, porém possuem entre si uma relação de concordância, d analogia, pelo que se poderiam dar as linhas de separação, o nome de analogia, entes, e dizer, a relação entre Deus e a criatura.[3]

Sendo assim, poderíamos falar de potência e Deus sem negar ao ato, ou seja, existe uma distinção clara entre a potência ativa e a potência passiva, a primeira refere-se a Deus, pois, difere do ato da criatura que necessita de um inicio e um fim, tendo por pressuposto uma potência passiva, enquanto que a potência de Deus não necessita nem de um começo e nem de um fim, porque ela subsiste desde toda a eternidade: Deus é ato puro.
Neste contexto para captar tais dimensões sob o sentido do ser, Edith Stein fundamenta o conceito de ato, entendido como atualidade: o verdadeiro modo do ser, a capacidade do desenvolvimento intelectual e espiritual num aspecto perenes, atitude de não parar de pensar e questionar.
Tomás, ao desenvolver a questão do ato e potência no campo filosófico aristotélico, constrói um discurso fundamentado, inicialmente, pela razão natural: “Deixar de utilizar essa força, mesmo que em nome de uma luz superior, seria deixar de lado uma exigência, primordial e natural.”[4] Encontramos o ponto chave do pensamento steiniano, ao fazer referência aos antigos sistemas filosóficos, visto como luz para ao questionamentos modernos, tendo, por conseqüência, fundamentos sólidos para filosofia acolher os dados da fé.
Edith Stein, ao aprofundar a questão da doutrina de ato e potência, elabora uma compreensão mais vasta sobre os modos do ser, constituindo uma possibilidade de se explicar o ser humano a partir dessa relação com o ser eterno. Desse modo, mira o olhar para o campo das investigações da consciência, visando, de forma predominante, no eu, ou seja, quando o ser humano se volta pra si mesmo como um eu vivo e existente, consciente de si, então, reconhece que há um outro ser, um outro eu diferente, pelo qual, pouco a pouco, vai descobrindo que esse outro ser não é um ser temporal, mas um ser puro, ser eterno, resultado dessa relação do ser temporal como o ser eterno, na medida em que são idéias que o espírito descobre em si mesmo.

Porque donde queira – na vida de agostinho, no eu penso de Descartes, no ser consciente (bewusstsein) de Husserl o donde queira se encontrar um eu sou. Esta não é uma conclusão como a formula parece indicá-lo: cogito ergo sum (penso logo existo), mas o eu sou é captado imediatamente: que eu penso, que eu sinto, que eu queira ou que me dirija intelectualmente de qualquer maneira que seja, eu sou e me dou conta deste ser.[5]

Esse dar-se conta do outro ser, manifesta-o tal como é em si mesmo, de forma diferente como o ser e não-ser, visto que, desta diferença se revela a idéia do ser puro, que não possui o não-ser, revelando-se não como temporal, mas eterno, isto é, o ser temporal é uma imagem que tem certa semelhança com o original, porém, ao mesmo tempo oferece mais dessemelhanças.
Também neste caso, colocar em evidência a idéia do ser e do não-ser, orienta-nos, ao mesmo tempo, ao conceito de atualidade, ou seja, o ser que revelou era presente e real, pelo qual poderíamos atribuir o conceito de ser plenamente vivo. “O ser presente e real do momento não é pensável como existente por si mesmo, do mesmo modo que não se pode imaginar o ponto fora da linha e o momento mesmo sem uma duração temporal”.[6]
O nosso ser entendido como devir, está a buscar o sentido do ser verdadeiro, entretanto, esse ser verdadeiro se revela a nós como ato puro, perfeito e eternamente imutável.[7]Além disso, queremos destacar que as verdades da fé, por exemplo a Trindade e a criação de todo ente finito[8] pelo Verbo Divino, podem nos iluminar na busca da investigação filosófica sobre a questão do ser, portanto é uma filosofia que, ao analisar o ser, abre-se para o sentido do conhecimento verdadeiro da fé, para daí extrair a possibilidade de uma filosofia cristã que seja comum a todos que buscam a verdade
A nossa reflexão, por conseguinte, limitou-se a considerar uma breve apresentação sobre a relação do homem com Deus, na obra “Ser finito e ser Eterno”, sendo a essa relação o caráter comum para a investigação filosófica aberta ao estranho.

3. A imagem do Criador na criatura

A relação do “eu sou” divino com a diversidade do ente finito e a analogia entes mais genuíno, possui seu arquétipo no “eu sou” divino, tornando-se uma mesma significação, mas o Ser Divino, na criação, não contém em tudo, absolutamente, o mesmo significado comum, pois convém compreender que essa relação acontece por participação de um ser único, que torna compreensível o mistério divino que desvela, e, ao mesmo tempo, esconde o mistério. Por analogia, enquanto relação de imagens, existe uma diferença entre o Ser Eterno e o ser finito, visto que, quando Deus cria um ser autônomo, outro ser se encontra fora do Ser Divino, isso se explica da seguinte forma:
Nessas condições, é provável conhecer o sentido da criação. O que é criado não é algo perfeito, mas apenas uma imagem parcial de Deus, o Eterno, o incriado e o infinito. De fato, não há nada absolutamente semelhante a si mesmo.
Segundo Edith Stein, a análise acerca da compreensão do sentido do ser nos propõe uma metafísica antropológica, na medida que o ser divino se revela a si mesmo diante de nós como um ser em pessoa, e como um ser em Três Pessoas. Desse modo, poderíamos refletir sobre a doutrina revelada da Santíssima Trindade como uma fonte de conhecimento que pode oferecer ao campo da investigação filosófica um novo olhar para a compreensão do sentido profundo do homem em sua plenitude, ou seja, a revelação da Santíssima Trindade como uma realidade que se revela a nós, aos nossos sentidos; assim, tomamos consciência desse algo que se revela:

... A doutrina revelada da Santíssima Trindade deram lugar a formação das noções filosóficas de hipótese e de pessoa. Graças a estas noções, se há adquirido algo essencial não somente para compreender a revelação de Deus em três pessoas, mas também o ser humano e, em uma palavra, o real das coisas (...) Tratamos agora de ajudar-nos da revelação, para o conhecimento do ser finito.[9]

Edith Stein nos indica um caminho metafísico-antropológico,[10] para podermos compreender o ser pessoa humana: basta abrir-se na profundidade sombria da fé que ilumina as trevas do nosso entendimento.
Nossa reflexão final deve ser, justamente, buscar um paralelo entre o pensamento steiniano com uma parte considerável da corrente filosófica contemporânea a, visto que toca na questão da possibilidade e o sentido de uma filosofia cristã, porém, com um horizonte novo permitindo enveredar nesse campo tanto o crente como o incrédulo, para o crente ao aderir o mistério da fé tomou-o como tese, enquanto que para o não-crente ao se posicionar diante da verdade revelada, analisa-a como hipótese. Trata-se de um discurso que possibilita a filosofia descobrir um caminho profundo e vasto em suas investigações acerca da questão do ser.
Na análise fenomenológica o caráter de buscar o sentido originário do ser partindo da relação do ser finito com o eterno, quando o ser finito se percebe como um eu consciente quer o saiba ou não, topa com o ser eterno, então o papel da filosofia é investigar através dos meios da razão natural, até que ponto pode chegar essa busca pelo sentido da realidade.
Por influência do método fenomenológico, em especial o pensamento husserliano, Edith Stein pretende investigar a questão da existência partindo da metafísica do ser, desta maneira é que sua perspectiva de fazer uma abordagem da estrutura ontológica da relação do ser finito com o ser eterno e sua problemática da possibilidade de uma filosofia aberta ao estranho como auxílio a compreensão da realidade ultima da busca do sentido do ser.
Ao desenvolver estas idéias, o pensamento de Edith Stein abre-se para as questões da filosofia contemporânea que se pergunta pelo sentido radical da totalidade. Buscando adquirir a capacidade de refletir sobre os problemas fundamentais apresentados ao homem, as respostas que foram dadas a esses problemas no passado e aquelas que devem ser dadas hoje.

* Doutorado em Filosofia pela Universidade Católica de Santa Cruz, Roma. Professora da Faculdade Católica Rainha do Sertão, Quixadá. Orientadora e Coordenadora do Grupo de Pesquisa Edith Stein.

** Graduada em Filosofia pelo ITEP. Membro integrante do Grupo de Pesquisa Edith Stein.
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[1] Cf. E. STEIN, Ser finito y Ser Eterno, 17.
[2] Cf. N. ABBAGNANO, Dicionário de filosofia, 91: “Ato no primeiro sentido significa o que faz ou o que se está fazendo, ação; no segundo significa algo que se realiza o que vai se realizando, do ser que alcançou ou está alcançando sua forma plena e final, em contraposição com o que é simplesmente potencial ou possível. Referente a metafísica de Aristóteles, ato é a própria existência do objeto, dito de outra forma, ato referente ao movimento significa que possuem fim em si mesmo; pensar, ver enquanto ações significa quando possui finalidade fora de si mesmo, caminhar, ação perfeita ou inteligência que tem seu fim em si mesmo. Potência significa o principio ou possibilidade de uma mudança qualquer, para Aristóteles: capacidade de realizar mudança em outra coisa ou em si mesmo, que é potência atual; capacidade de sofrer mudança e causada por outra coisa ou por si mesmo, que é a potência passiva; a capacidade de resistir a qualquer mudança”.
[3] “El conjunto del sistema de nociones fundamentales está divido por una línea radical que, comenzando por el ser, dividido cada nocion en dos aspectos muy diferentes: no se pude decir lo mismo con idênticas sentidos, de Dios y de lãs criaturas. Se apesar de esta se puden emplear lãs mismas expresiones para Dios y lãs criaturas, se debe o que los términos no son unívocos ni tampoco absolutamente equívocos, sinon que analogia, por lo que se poderá dar a la línea de separación el nombre de analogia entis, es debir, la relación entre Dios y la criaturas”. E. STEIN, Ser finito y Ser Eterno, 240.
[4] G. REALE – D. ANTISERI, História da filosofia, p.214
[5] “Porque donde queira – en la vida de Agustín, en el yo pienso de Descartes, no ser consciente (Bewusstein) de Husserl donde queira se encuentra un yo soy. Está no es una conclusión como la formula parece indicarlo: cogito, ergo sun, sino el yosoy, es captado inmediatamente: que yo piense, que yo sinta, qui yo quiera o que me dirija intelectualmente de cualquer manera que sea, yo soy y me day cuenta de este ser”. E. STEIN, Ser finito y Ser Eterno, 53.
[6] “El ser presente y real del momento no es pensable como existente por si mesmo, del mismo modo que no se puede imaginar el punto fuera de la línea y el momento mismo sin uma duración temporal”. E. STEIN, Ser finito y Ser Eterno, 55.
[7] E. STEIN, Ser finito y Ser Eterno, 63.
[8] E. STEIN, Ser finito y Ser Eterno,136.
[9] “La doctrina revelada de la Santisima Trindad dieram lugar a la formación de lãs nociones filosóficas de hipostasis y de persona. Graças a estas nociones, se há adquirido algo esencial no solo para compreender la revelación de dios en três personas, sino também el ser humano y, en una palavra, lo real de los cosas (...) Tratamos ahora de ayudarnos de la revelación para el conocimiento del ser finito”. E. STEIN, Ser finito y ser Eterno, 371.
[10] Grifo Nosso: metafísico-antropológico no sentido de que nos remete a um ser eterno, infinito pelo qual leva ao novo para um conhecimento existencial fenomenológico do eu que se percebe como alguém que faz uma experiência com o ser eterno, dessa experiência amplia seu conhecimento de si mesmo, do outro, do mundo, e de Deus.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Material enviado por nossa correspondente de Roma do site AIES

28/05/2008 16.53Convegno Edith Stein: formazione, percorsi e identita'by Segreteria

Il 16 Maggio c.m. presso l'Istituto Interreligioso "S. Fara" di Bari si è tenuto un Convegno Internazionale di Filosofia su Edith Stein dal titolo: Il percorso intellettuale di Edith Stein. Il Convegno è stato organizzato in collaborazione con la Facoltà Teologica Pugliese e con il Centro Italiano di Ricerche Fenomenologiche, con sede a Roma, affiliato al The World Phenomenology Institute (USA) e al Centro studi Edith Stein (sezione del C.I.R.F.).
Dopo i saluti di S. Ecc. Rev.ma Mons. Francesco Cacucci (Arcivescovo di Bari-Bitonto) e l'introduzione ai lavori del Prof. Mons. Salvatore Palese (Preside della Facoltà Teologica pugliese), nell'obiettivo di scandire lo sviluppo e l'evolversi del pensiero della filosofa e santa Edith Stein, il Convegno si è aperto con una relazione della Prof.ssa Angela Ales Bello, Ordinario di Storia della Filosofia contemporanea dell'Università Pontificia Lateranense nonché più grande interprete italiana del pensiero della filosofa. Scopo principale di tale intervento, oltre che quello di introdurre gli aspetti fondamentali del percorso filosofico di Edith Stein, è stato quello di fissare alcuni dei punti nodali della fenomenologia del suo Maestro Edmund Husserl, presenti nell'impianto generale delle sue opere. Da questa prospettiva ci si è riferiti alla questione della soggettività e dell'antropologia che ne deriva. La considerazione della spiritualità dell'essere creato ha condotto poi a trattare la questione dell'esperienza religiosa e del rapporto che essa mantiene con l'istanza propriamente filosofica. Da questa prospettiva, è emerso un nuovo modo di guardare alla storia della filosofia "con occhi nuovi", che comprende il processo conoscitivo alla luce di un disegno più grande alla cui consapevolezza soltanto la fede è, da ultimo, in grado di pervenire.
Il secondo intervento di Anna Maria Pezzella, Docente di Filosofia dell'Educazione presso l'Università Pontificia Lateranense e più importante traduttrice italiana delle opere della Stein, è stato incentrato sul confronto tra Husserl e Stein nei riguardi dell'antropologia. Muovendo dalla considerazione della differenza tra la posizione assunta da Husserl dopo la svolta trascendentale e la considerazione della persona della Stein, la Pezzella ha messo in luce una "concretezza" dell'Io della persona umana che, nella Stein, sembra allontanarsi definitivamente dal trascendentale husserliano. Nella parte più intima dell'anima, inoltre, Dio si manifesta conferendo all'anima una sua personale struttura che rende la persona unica e irripetibile. L'Io husserliano, per contro, si presenta come non reale e, in un certo qual modo, "privo di qualità". In tale senso, si è sostenuto, esso non può rendere conto di questa dimensione, che "giace in fondo all'anima". Per tali ragioni, fa notare la Pezzella, Husserl secondo la Stein "ha sganciato l'Io dalle sue radici".
La relazione seguente di Nicoletta Ghigi, Ricercatrice di Filosofia teoretica dell'Università di Perugia e studiosa del pensiero fenomenologico, è stato incentrato sul problema dell'essere e di come, nelle differenti opere della Stein, esso si sia venuto trasformando da una concezione propriamente fenomenologica ad una ontologico-metafisica. I vari momenti, quello dell'essere dell'altro, della motivazione come legge ontica, dell'essere comunitario appartengono alla prima formulazione di un essere che "si rivela nel mondo". L'essere che invece, oltre a rivelarsi nel mondo si rivela più peculiarmente "nello spirito", è contrassegnato da varie caratteristiche che si rendono presenti nell'essere della persona umana, angelica e divina. Nell'anima poi diviene possibile l'esperienza dell'incontro con Dio, fonte dell?essere ed Essere di per sé.
La mattina si è conclusa con l'interevento di Jacinta Turolo Garcia, già Rettora dell'Università del Sacro Cuore di Baurù, San Paolo (Brasile). La sua relazione ha focalizzato l'attenzione intorno al problema dell'identità femminile di Edith Stein ed ha messo in evidenza il percorso che ella ha compiuto, sia come filosofa che come donna e suora, nel cercare di portare in luce un'"antropologia duale" che sappia riconoscere l'identità femminile rispetto a quella maschile, conferendo ad essa la dignità che le spetta. In tale direzione si è parlato di un'"antropologia totale" che tiene conto dell'essere umano nei suoi differenti modi di manifestazione dell'essenza, che unisce entrambi i generi.
Gli incontri del pomeriggio hanno avuto inizio con la relazione di Francesco Alfieri, Docente di Antropologia ed Etica filosofica presso la Facoltà Teologica Pugliese, che ha posto in evidenza il problema dell'individuazione nel confronto tra la Stein e Duns Scoto e ha mostrato come, nella posizione della filosofa, vi sia una ripresa della concezione di Scoto piuttosto che di Tommaso. Se per quest'ultimo il principio di individuazione è la materia signata quantitate, per Scoto esso dovrebbe essere ricercato in un'entità positiva (Ord. II, d. 3 q. 2 n. 4). E questo, viene dimostrato, è presente anche nella visione steiniana, per la quale non si può dare l'individuazione senza la realtà ultima di una forma (anima). Rispetto all'"unicità della persona determinante" in Scoto e Stein, laddove l'anima è il luogo del riempimento, si rende così evidente la radice steiniana del principio di individuazione.
Allo stesso problema, ma da un'altra angolazione, sono rivolte le analisi dell'intervento seguente di Rosa Errico, studiosa di Edith Stein, che ha trattato la questione dell'individuazione nel confronto tra Tommaso e la Stein. Qui ella dimostra che l'espressione "materia signata quantitate" non è originariamente tomista e che, quindi, la questione se la materia sia in grado di dar luogo all'individualità deve essere ripensata alla luce di una nuova interpretazione di quel rapporto tra i due filosofi.
L'intervento successivo di Ida M. R. Rodriquez, Ricercatrice di Filosofia Teoretica di Bari, è stato rivolto ad un'originale questione che riguarda precisamente l?estetica musicale in Edith Stein. Partendo da una riconsiderazione di questa dimensione, presente nella Stein, ma mai posta in evidenza nel dovuto modo, la relazione si è incentrata sull'intenzione di riscoprire il senso che per la Stein ha avuto un'educazione alla musica e l'importanza che essa riveste all'interno della formazione della persona umana.
Dedicato alla questione della philosophia cordis è stato invece l?intervento di Marcello Acquaviva, Docente di Filosofia teoretica presso la Facoltà Teologica pugliese. Muovendo dalla Epistola Fides et Ratio si è mostrato come il riferimento alla Stein significasse in lei il tentativo di conciliare la sua posizione filosofica con la fede che progressivamente diveniva il senso della sua vita. In tal modo la filosofia e l'antropologia divengono una via per un accesso alla dimensione religiosa, "l'ascesa a Dio". L'ultima relazione di Luigi Orlando, Direttore dell'Istituto Teologico "S. Fara" di Bari, ha riguardato il percorso biblico dell'opera della Stein ed ha messo così in evidenza i luoghi testamentari presenti nel suo cammino filosofico. A tale scopo si è portato in luce il metodo regressivo in uso anche nella speculazione più propriamente religiosa e, in relazione a Paolo e Giovanni della Croce, si sono fatte rilevare le varie posizioni riguardo alla verità e alla persona.
Il Convegno si è concluso con la cerimonia della premiazione della Prof.ssa Angela Ales Bello per il suo importantissimo ed essenziale contributo allo studio della Stein, in merito alle sue numerosissime pubblicazioni, traduzioni e cure, a cui ha dedicato la sua intensa vita di filosofa e di interprete. Il premio "Edith Stein", consistito in una bellissima icona della santa, ha così contribuito a dare al Convegno la veste ufficiale di un riconoscimento importante da parte della comunità filosofica italiana non solo al meritevole lavoro di una filosofa che non sempre viene studiata nel modo dovuto come la Stein, ma ha anche a dare rilevo al lavoro di interpretazione e divulgazione del suo pensiero che la Prof.ssa Ales Bello ha contribuito a far nascere e crescere, dando luogo in tal modo ad una precisa scuola di pensiero, di cui gli interventi di questo Convegno internazionale sono la concreta espressione.
Prof.ssa Nicoletta Ghigi
Università degli Studi di Perugia

(Foto di gruppo per Relatori intervenuti al Convegno sul tema"Il percorso intellettuale di Edith Stein")

segunda-feira, 22 de junho de 2009

EDITH STEIN - UMA MULHER DO NOSSO TEMPO


Moisés Rocha Farias

Nascida aos 12 de outubro de 1891,Cor do texto em Breslau, dia em que estava se celebrando a maior festa judaica, “o grande dia do perdão”, festa da expiação, dia de penitência e que “a senhora Stein considerava como sinal de predileção do Senhor, a data do nascimento de sua décima segunda filha”. [1]
O pai de Edith Stein, senhor Siegfried Stein, que era comerciante de madeira, e sua esposa Augusta Courant, formavam um casal judeu profundamente religioso. Eles “orgulhavam-se de pertencer ao povo alemão e não viam nisso nenhuma contradição com sua origem judaica e sua fervorosa piedade”. [2]
Edith Stein ainda não contara dois anos quando perdera seu pai vitima de insolação. Sua mãe, a qual ela terá sempre por grande estima, assume os negócios, mesmo contra os conselhos dos parentes. Começa a negociar as dívidas, e após certo tempo coloca tudo em ordem.
Edith Stein começa seus estudos em 1897, aos seis anos de idade. Por todos na escola era querida e altamente inteligente. Na sua adolescência passou por um período de incertezas, crises existenciais, sem, no entanto, perder seu jeito alegre, seu gosto pela música, seus passeios rotineiros com outros jovens. Contudo a menina-moça ia tornando-se moça-mulher e a inocência já se esvai considerando-se ateia aos 14 anos.
Sempre entusiasmada pelos estudos, obtém excelentes resultados nos cursos. Até que de repente, interrompe seu curso com a justificativa de um coração que leva a sério a sua busca pela verdade: “em parte o motivo era que eu começava a preocupar-me com questões que a escola não nos dizia grande coisa, como por exemplo, aquelas relativas ao modo de ver o mundo” [3].
Por esse motivo, E. Stein é enviada para casa de sua irmã mais velha. Nesse período ela entra em contato mais próximo com a realidade da mulher. Pelo fato de seu cunhado ser dermatologista, muitas mulheres iam consultar-se e era mantido um diálogo com as mesmas. E. Stein percebia que aquelas mulheres infectadas pelos seus maridos não percebiam sua dignidade e isso a fez voltar aos seus estudos com o desejo de ajudar de forma especial à mulher para que esta descubra sua essência.
Ao retornar para casa, com o entusiasmo renovado pelos estudos, Edith Stein reingressa no colégio. Depois de concluir o estudo secundário, Edith Stein enfrenta com determinação sua entrada na Universidade em 1911. Ela se torna uma das primeiras mulheres alemãs a ingressar numa Universidade.
Já na Universidade, o interesse de E. Stein aumenta no que se refere aos assuntos sociais: “Em sua grade curricular havia germanística primitiva, gramática alemã, historia do drama alemão, historia da Prússia na época de Frederico, o Grande, história da constituição inglesa e um curso sobre a Grécia para iniciantes... Além disso, mais por inclinação, ela também se inscreveu nas aulas de filosofia e psicologia.” [4] Seguindo com mais proximidade a política, E. Stein luta com afinco tanto pelo direito de voto da mulher, pois até então lhes era tolhido, como também pelos direitos dos grevistas. Contudo, E. Stein fica bastante decepcionada com a maneira determinista como a psicologia apreendia o ser humano. E isso passava, longe do que Stein acreditava, isto é na capacidade da liberdade humana, do homem ser responsável pelo seu agir, bem como seu amadurecimento como pessoa.
Neste período, E. Stein recebe de um amigo o segundo tomo das “Investigações Lógicas”, e isto para ela foi como um descortinar-se de novos horizontes. As questões conflitantes da jovem Edith Stein iam recebendo respostas, deixando-a um tanto quanto extasiada. A obra tinha por redator um filósofo de Göttingen, chamado Edmund Husserl, que criara há pouco tempo, uma corrente denominada “fenomenologia” [5].
Aceita por Husserl, E. Stein se transfere para Göttingen e lá ela começa a participar de discussões em questões filosóficas e fenomenológicas. Neste período Edith Stein ficou um tanto surpreendida com a esfuziante falação de Max Scheler, filósofo recentemente convertido ao catolicismo. Foi descortinado meio que subitamente o mundo da fé para E. Stein, o qual ela já não mais acreditava, até então. Entrou numa crise existencial quando da dissertação de mestrado, pois seu coração cerrado à fé tinha que se demover a tal realidade. Essa experiência foi tamanha na vida E. Stein que, “ela chegou a ponto de não conseguir atravessar uma rua sem desejar ser atropelada por um carro. A esse respeito a própria E. Stein comenta: ‘E se eu fazia algum passeio, então tinha a esperança de despencar de algum abismo e não voltar viva. Certamente ninguém pressentia o que se passava comigo’”. [6]
Estoura a primeira guerra mundial em 1914. Edith atuava neste período como professora. Ela suspende seus estudos voltando para sua cidade Breslau, onde se prepara para ser enfermeira voluntária pela cruz vermelha no hospital austríaco de Mähren. Depois de um ano de cansativo trabalho, pede licença para umas férias, ainda em meio ao benefício o hospital é desativado.
Voltando para Göttingen E. Stein dá continuidade à sua tese de doutorado e depois de concluída decide dividi-la em três tomos dada a sua densidade. Por esse magistral trabalho, recebe ‘suma cum laude’ e é convidada por Edmundo Husserl para ser sua assistente na Universidade de Friburgo de Brisgau, na qual o Husserl teria sido nomeado para a cátedra de filosofia.
Com a ajuda de um amigo, Adolf Reinad, Edith Stein supera a crise depressiva. E. Stein percebe o efeito da gratuidade da amizade, do amor sincero, da eficácia de um ser empático que possibilita uma nova perspectiva de vida.
Durante seu tempo de estudo, Edith conheceu a senhora Hedwige Conrad-Martius. Depois do casório da mesma, sua casa se transforma nas férias, num ponto de encontro e num centro de discussões filosóficas. Num destes períodos, novembro de 1921, Edith se encontrando sozinha, vai à biblioteca e pega aleatoriamente o livro da ‘Vida de santa Teresa contada por ela mesma’.
Edith Stein diz, “Comecei a ler, fiquei imediatamente presa e não parei mais até o final. Quando fechei o livro, disse para mim mesma: esta é a verdade.[7] Edith Stein esteve Tão absorta nesta leitura que nem se dera conta que tinha passado toda a noite mergulhada na leitura. Quando ela se sente segura, e após estudo feito sobre o catecismo da Igreja, pede ao padre Eugênio Breitlig o batismo, que após uma sabatina o mesmo marca o batismo para 1º de janeiro de 1922.
Em seu coração só havia agora uma dificuldade: como dizer para sua mãe, de sua conversão? Pois, para os judeus fervorosos a “conversão de um judeu, é como se morresse com ele todo o povo judeu... e na sinagoga, os judeus devotos rezavam à oração dos mortos quando um deles tornava-se cristão”. [8]
E. Stein vai a Breslau, sua mãe contava oitenta anos. Chegando a casa, sua mãe sentada, ela ajoelha-se e confessa em tom delicado: “Mãe, eu sou católica”. [9] Isso deixou toda a família consternada. Edith ficou com sua mãe por seis meses aprofundando seus conhecimentos cristãos, mas com muita solicitude acompanhava a sua mãe “à sinagoga todas as sextas-feiras à tarde para as orações judaicas”.[10] Ao cabo dos seis meses volta à Friburgo onde acalenta o desejo de ser carmelita.
Demonstrando logo o desejo de entrar para o Carmelo, E. Stein foi freada pelo seu diretor espiritual, Pe. Joseph Schwind, que a aconselhou a ir para o Liceu das dominicanas de Santa Madalena, em Spira. Graças a essa orientação, ela começa uma nova fase em sua vida, já que antigos ideais de uma carreira acadêmica que ela acreditava: “Se eu não conseguir terminar a minha tese de doutorado, pelo menos conseguirei passar nos exames oficiais; e se eu não conseguir me tornar uma grande filosofa, talvez, uma professora útil pelo menos.” [11], Tal pensamento que traduz a força motivadora de seu agir, perde espaço para um novo conceito em seu interior, o batismo, que reformula seus anseios e ideais. Agora, já doutora, e com fortes possibilidades de tornar-se uma ‘grande filosofa’ E. Stein se deixa guiar pelos paradigmas das virtudes cristãs.
Acolhendo a entrega de sua vontade à Providência lhe realiza seu desejo é convidada por muitos para ir há vários lugares como Essen, Salzboug, Heidelberg, Freiburg, Colônia, Zurique, Viena, Praga em outros, dando cursos e conferências. E. Stein assume essa fase não mais pela glória humana, mas como um apostolado e vai dedicar-se sem reservas na elaboração do que podemos chamar de um programa de formação feminina, pois ela deu enfoque à realidade da mulher, à sua dignidade e vocação.
Neste período, foi de grande importância para a sedimentação do itinerário de E. Stein suas traduções das obras de São Tomás de Aquino, “Quaestiones Dignitatae de Veritate” e as cartas e diários de Sua Eminência Cardeal John Henry Newman, um grande precursor da teologia moderna, revelando-se uma excelente tradutora, recebendo elogios da crítica.
Em 1932, Edith Stein se transfere para Münster, onde foi convidada para o cargo de professora no Instituto Alemão de pedagogia cientifica, onde ensina antropologia filosófica e teológica. Porém, depois de um ano, os nazistas instalam o ‘terceiro Reich’ que proibia aos não arianos de ocuparem cargos públicos, vindo E. Stein a ser demitida. Recusando uma proposta de ensinar na América do Sul, determina-se, enfim, pela entrada no Carmelo.
No Carmelo Edith Stein foi recebida como qualquer outra postulante, contava quarenta dois anos quando da sua entrada, pois no Carmelo não se tinha conhecimento de sua trajetória intelectual. A ausência de dotes domésticos manuais, minúncias tão comuns na vida feminina conventual, lhe custou um grande esforço: “Edith costurava muito mal e se sentia embaraçada e desajeitada na maior parte dos trabalhos manuais. Era de uma incapacidade desesperante para os trabalhos de casa”.[12]
Após conclusão do noviciado em 1936, recebe do provincial a ordem de preparar um esboço da sua obra ‘Ato e Potência’, que no final tornou-se uma das principais obras, ‘Ser finito e Ser eterno’; e para tanto foi dispensada de parte de suas obrigações de religiosa.
Em meio ao clima de terror que se instalara na Alemanha contra os judeus, devido à ascensão de Hitler, Edith emite os votos perpétuos em Abril de 1938. Mas só em novembro foi que a superiora do Carmelo percebeu o perigo que estava E. Stein correndo. Começa, então, a negociação para a transferência de Colônia para Echt.
A transferência se deu à surdina, durante a passagem de ano novo. Em Echt, na Holanda, Edith aplicou-se no estudo do holandês e continuou com suas pesquisas entre as quais, redigiu “em menos de um ano, seu ensaio sobre a vida e a doutrina de são João da Cruz, ‘Ciência da Cruz’”. [13] Ela Trabalhou nesta obra até o momento de sua prisão.
Devido uma carta pastoral dos bispos da Igreja da Holanda, contra a perseguição aos judeus, a policia nazista ‘Gestapo’ determinou que todos os judeus convertidos ao catolicismo, religiosos a não, seriam presos. Edith, ainda empreende uma transferência para o Carmelo de Lê Pâquier, na Suíça, mas devido à burocracia, não consegue concluir seu intento. Então, de forma violenta aos 02 de agosto de 1942, a Gestapo prende Edith Stein. Levada primeiramente para Hooghalen, onde é submetida a intermináveis interrogatórios e onde “Edith, recebeu o número 44074”,[14] sobre a pele. Na noite do dia 6 de agosto foram obrigados a embarcarem num trem, a viagem durou dois dias e duas noites de fome e de sede chegando em Ausschiwitz na madrugada do dia 09.
Edith Stein foi morta gasificada nesse mesmo dia junto com sua irmã Rosa e parte do seu povo. Em 1962, em Colônia, deu-se abertura do processo de beatificação. Esta se realizou no dia 1º de maio de 1987, na mesma cidade, pelo Papa João Paulo II. Aos 11de outubro de 1998, foi realizada sua canonização, em Roma.



[1] MIRIBEL, Elisabeth de. Edith Stein, Como ouro purificado pelo fogo, pág. 34.
[2] IDEM, pág.33.
[3] PEDRA, josé Alberto. Edith Stein, uma santa em Ausschwitz. Pág. 7
[4] FELDMANN, Christian. Edith Stein, judia, atéia e monja. Pág. 17.
[5] No próximo capítulo na nota 24, apresentaremos o conceito de fenomenologia.

[6] FELDMANN, Christian. Edith Stein, judia, atéia e monja. Pág. 30.
[7] IDEM, pág. 48.
[8] IDEM, pág.50.
[9] IDEM, Pág.51.
[10] PEDRA, José Alberto. Edith Stein, Uma santa em Ausschwitz, pág.34.
[11] FELDMANN, Christian. Edith Stein, judia, atéia e monja. Pág. 30.

[12] MIRIBEL, Elisabete de. Edith Stein, como ouro purificado pelo fogo, pág. 142.

[13] FELDMANN, Christian. Edith Stein, Judia ateia e monja, pág.171.
[14] MIRIBEL, Elisabete de. Edith Stein, como ouro purificado pelo fogo, pág.187

Produção dos membros do Grupo de Trabalho

PUBLICAÇÕES:
· A Alma feminina na obra “A mulher: sua missão segundo a natureza e a graça” Kalagatos- Revista de Mestrado em filosofia da UECE v.3 Fortaleza EDUECE 2006. Moisés Rocha Farias.

PUBLICAÇÃO VIRTUAL:
· A fenomenologia de Husserl e a filosofia de Tómas de Aquino na concepção de Edith Stein. Resumo: VI Semana de Humanidades da UFC 2009. Katia Gardênia da Silva Coelho e José Roberto de Almeida Freire.

TEXTOS APROVADOS PARA PUBLICAÇÕES:
· A ética do gênero humano como saber necessário à educação do futuro, em forma de capítulo no livro do departamento de letras da universidade Tiradentes - SE com lançamento previsto para outubro de 2009. Moisés Rocha Farias.

MONOGRAFIAS CONCLUÍDAS:
· A Alma feminina na obra “A mulher: sua missão segundo a natureza e a graça”. ITEP 2006 Moisés Rocha Farias.
· A constituição do ser feminino no pensamento de Edith Stein: considerações antropológicas- filosóficos a partir de sua obra “A mulher: sua missão segundo a natureza e a graça”. ITEP 2006 Maria Edivania de Aquino.
· Uma investigação filosófica aberta ao estranho na obra “Ser finito e Ser Eterno” de Edith Stein ITEP 2007. Katia Gardênia da Silva Coelho.
· Conceito de pessoa na concepção de Edith Stein. ITEP 2008. Carlos Daniel Nascimento.
· O ser feminino em Edith Stein. ITEP 2008. Eva Muniz.

MONOGRAFIAS EM ANDAMENTO:
· Uma investigação do eu a partir da obra “ser finito e Ser Eterno” para 2009 ITEP. José Roberto de Almeida Freire
· O sentido do sofrimento humano: Uma antropologia da obra “Ciência da Cruz” para 2009 ITEP. Ramirez Silva Araújo.
· O conceito de comunidade em Edith Stein para 2009 ITEP. Flaviano Galdino Paz.

MINICURSOS:
· A fenomenologia de Husserl e a filosofia de Tómas de Aquino na concepção de Edith Stein. VI semana de humanidades da UFC 2009. Katia Gardênia da Silva Coelho e José Roberto de Almeida Freire.
· A essência do estado em Edith Stein. V simpósio de filosofia: Filosofia e direitos humanos. ITEP 2009. Katia Gardênia da Silva Coelho e José Roberto de Almeida Freire.

COMUNICAÇÕES:
· Filosofia Cristã em Edith Stein, III simpósio de filosofia ITEP 2007. Katia Gardênia da Silva Coelho.
· Filosofia Cristã em Edith Stein, I simpósio de filosofia FCRS 2007. Katia Gardênia da Silva Coelho.
· A Alma feminina na obra “A mulher: sua missão segundo a natureza e a graça” III Simpósio de Filosofia, ITEP. 2007. Moisés Rocha Farias
· A Alma feminina na obra “A mulher: sua missão segundo a natureza e a graça. II Encontro de Pós-Graduação em Filosofia: “Epistemologia, Linguagem e Política” UFC. 2007 Moisés Rocha Farias
· A Alma feminina na obra “A mulher: sua missão segundo a natureza e a graça. I Coloquio de estudos Hegelianos UECE 2007. Moisés Rocha Farias.
· Ser finito e Ser Eterno- possibilidadde de um pensamento steiniano. IX semana teológica do ITEP 2008. Katia Gardênia da Silva Coelho.
· Investigação filosófica aberto ao estranho. VI semana de humanidades da UFC 2009. Katia Gardênia da Silva Coelho e José Roberto de Almeida Freire.
· A ética do gênero humano como saber necessário à educação do futuro. IX semana de filosofia da UECE. 2009 . Moisés Rocha Farias.