PEREGRINAÇÃO: NOS PASSOS DE EDITH STEIN

PEREGRINAÇÃO: NOS PASSOS DE EDITH STEIN

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

COMUNICADO

AS COMISSÕES DE ORGANIZAÇÃO E CIENTÍFICA DO I SIMPÓSIO FILOSÓFICO INTERNACIONAL EDITH STEIN VEM A PÚBLICO INFORMAR QUE AS INCRIÇÕES DE COMUNICAÇÕES FOI PROROCADA ATÉ DIA 10 DE SETEMBRO, PARA ATENDER OS VÁRIOS EMAILS E TELEFONEMAS NESTE SENTIDO.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Discurso do Papa aos professores universitários



EL ESCORIAL, sexta-feira, 19 de agosto de 2011 (ZENIT.org) – Apresentamos o discurso que Bento XVI dirigiu na manhã desta sexta-feira a um grupo de professores universitários participantes da JMJ, reunidos na basílica do Mosteiro de El Escorial.

* * *

Senhor Cardeal Arcebispo de Madrid,

Queridos Irmãos no Episcopado,

Queridos Padres Agostinianos,

Queridos professores e Professoras,

Distintas Autoridades,

Meus amigos!

Com regozijo esperava este encontro convosco, jovens professores das universidades espanholas, que prestais uma colaboração esplêndida para a difusão da verdade em circunstâncias nem sempre fáceis. Saúdo-vos cordialmente e agradeço as amáveis palavras de boas-vindas e também a música executada que ressoou maravilhosamente neste mosteiro de grande beleza artística, testemunho eloquente durante séculos de uma vida de oração e estudo. Neste lugar emblemático, razão e fé fundiram-se harmoniosamente na pedra austera para modelar um dos monumentos mais renomados de Espanha.

Saúdo também com particular afecto quantos participaram nestes dias no Congresso Mundial das Universidades Católicas, em Ávila, sob o lema: «Identidade e missão da Universidade Católica».

Encontrar-me aqui no vosso meio faz-me recordar os meus primeiros passos como professor na Universidade de Bonn. Quando ainda se sentiam as feridas da guerra e eram muitas as carências materiais, a tudo supria o encanto de uma actividade apaixonante, o trato com colegas das diversas disciplinas e o desejo de dar resposta às inquietações últimas e fundamentais dos alunos. Estauniversitas, que então vivi, de professores e estudantes que procuram, juntos, a verdade em todos os saberes ou – como diria Afonso X, o Sábio – esse «ajuntamento de mestres e escolares com vontade e capacidade para aprender os saberes» (Sete Partidas, partida II, título XXXI), clarifica o sentido e mesmo a definição da Universidade.

No lema da presente Jornada Mundial da Juventude - «Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé» (cf. Col 2, 7) -, podeis também encontrar luz para compreender melhor o vosso ser e ocupação. Neste sentido, como escrevi aos jovens na Mensagem preparatória para estes dias, os termos «enraizados, edificados e firmes» falam de alicerces seguros para a vida (cf. n. 2).

Mas onde poderão os jovens encontrar estes pontos de referência numa sociedade vacilante e instável? Às vezes pensa-se que a missão dum professor universitário seja hoje, exclusivamente, a de formar profissionais competentes e eficientes que satisfaçam as exigências laborais de cada período concreto. Diz-se também que a única coisa que se deve privilegiar, na presente conjuntura, é a capacitação meramente técnica. Sem dúvida, prospera na actualidade esta visão utilitarista da educação mesmo universitária, difundida especialmente a partir de âmbitos extra-universitários. Contudo vós que vivestes como eu a Universidade e que a viveis agora como docentes, sentis certamente o anseio de algo mais elevado que corresponda a todas as dimensões que constituem o homem. Como se sabe, quando a mera utilidade e o pragmatismo imediato se erigem como critério principal, os danos podem ser dramáticos: desde os abusos duma ciência que não reconhece limites para além de si mesma, até ao totalitarismo político que se reanima facilmente quando é eliminada toda a referência superior ao mero cálculo de poder. Ao invés, a genuína ideia de universidade é que nos preserva precisamente desta visão reducionista e distorcida do humano.

Com efeito, a universidade foi, e deve continuar sendo, a casa onde se busca a verdade própria da pessoa humana. Por isso, não é uma casualidade que tenha sido precisamente a Igreja quem promoveu a instituição universitária; é que a fé cristã nos fala de Cristo como o Logos por Quem tudo foi feito (cf. Jo1, 3) e do ser humano criado à imagem e semelhança de Deus. Esta boa nova divisa uma racionalidade em toda a criação e contempla o homem como uma criatura que compartilha e pode chegar a reconhecer esta racionalidade. Deste modo, a universidade encarna um ideal que não deve ser desvirtuado por ideologias fechadas ao diálogo racional, nem por servilismos a um lógica utilitarista de simples mercado, que olha para o homem como mero consumidor.

Aqui está a vossa importante e vital missão. Sois vós que tendes a honra e a responsabilidade de transmitir este ideal universitário: um ideal que recebestes dos vossos mais velhos, muitos deles humildes seguidores do Evangelho e que, como tais, se converteram em gigantes do espírito. Devemos sentir-nos seus continuadores, numa história muito diferente da deles mas cujas questões essenciais do ser humano continuam a exigir a nossa atenção convidando-nos a ir mais longe. Sentimo-nos unidos com eles, nesta cadeia de homens e mulheres que se devotaram a propor e valorizar a fé perante a inteligência dos homens. E, para o fazer, não basta ensiná-lo, é preciso vivê-lo, encarná-lo, à semelhança do Logos que também encarnou para colocar a sua morada entre nós. Neste sentido, os jovens precisam de mestres autênticos: pessoas abertas à verdade total nos diversos ramos do saber, capazes de escutar e viver dentro de si mesmos este diálogo interdisciplinar; pessoas convencidas sobretudo da capacidade humana de avançar a caminho da verdade. A juventude é tempo privilegiado para a busca e o encontro com a verdade. Como já disse Platão: «Busca a verdade enquanto és jovem, porque, se o não fizeres, depois escapar-te-á das mãos» (Parménides, 135d). Esta sublime aspiração é o que de mais valioso podeis transmitir, pessoal e vitalmente, aos vossos estudantes, e não simplesmente umas técnicas instrumentais e anónimas nem uns dados frios e utilizáveis apenas funcionalmente.

Por isso, encarecidamente vos exorto a não perderdes jamais tal sensibilidade e encanto pela verdade, a não esquecerdes que o ensino não é uma simples transmissão de conteúdos, mas uma formação de jovens a quem deveis compreender e amar, em quem deveis suscitar aquela sede de verdade que possuem no mais fundo de si mesmos e aquele anseio de superação. Sede para eles estímulo e fortaleza.

Para isso, é preciso ter em conta, em primeiro lugar, que o caminho para a verdade completa empenha o ser humano na sua integralidade: é um caminho da inteligência e do amor, da razão e da fé. Não podemos avançar no conhecimento de algo, se não nos mover o amor; nem tampouco amar uma coisa em que não vemos racionalidade; porque «não aparece a inteligência e depois o amor: há o amor rico de inteligência e a inteligência cheia de amor» (Caritas in veritate, 30). Se estão unidos a verdade e o bem, estão-no igualmente o conhecimento e o amor. Desta unidade deriva a coerência de vida e pensamento, a exemplaridade que se exige de todo o bom educador.

Em segundo lugar, havemos de considerar que a verdade em si mesma está para além do nosso alcance. Podemos procurá-la e aproximar-nos dela, mas não possuí-la totalmente; antes, é ela que nos possui a nós e estimula. Na actividade intelectual e docente, a humildade é também uma virtude indispensável, pois protege da vaidade que fecha o acesso à verdade. Não devemos atrair os estudantes para nós mesmos, mas encaminhá-los para essa verdade que todos procuramos. Nisto vos ajudará o Senhor, que vos propõe ser simples e eficazes como o sal, ou como a lâmpada que dá luz sem fazer ruído (cf. Mt 5, 13).

Tudo isto nos convida a voltar incessantemente o olhar para Cristo, em cujo rosto resplandece a Verdade que nos ilumina; mas que é também o Caminho que leva à plenitude sem fim, fazendo-Se caminhante connosco e sustentando-nos com o seu amor. Radicados n’Ele, sereis bons guias dos nossos jovens. Com esta esperança, coloco-vos sob o amparo da Virgem Maria, Trono da Sabedoria, para que Ele vos faça colaboradores do seu Filho com uma vida repleta de sentido para vós mesmos, e fecunda de frutos, tanto de conhecimento como de fé, para vossos alunos.

[Copyright 2011 - ©Libreria Editrice Vaticana]

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE PSICOLOGIA





UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INSTITUTO DE PSICOLOGIA

Disciplina de Pós-Graduação

PSC 5922-1 Fenomenologia e Psicologia em Edmund Husserl e Edith Stein: psicopatologia e psicologia clínica. (02 créditos).

Angela Ales Bello

Profª Emérita de História da Filosofia Contemporânea da Universitá Lateranense de Roma, Itália. Presidente Centro Italiano di Ricerche Fenomen

ologiche (Roma), afiliado ao The World Phenomenology Institute (U.S.A.). Faz parte do Comitê Editorial de numerosas revistas italianas e estrangeiras como “Aquinas”, “Segni e Comprensione”, “Per la filosofia”, “Analecta Husserliana”, “Phenomenological Inquiry”, colabora com “Recherches Husserliennes” (Belgica) e “Studien zur interkulturellen Philosophie” (Germania), “Axiomathes” (edita da Springer, Germania).


Jacinta turolo Garcia Pós-doutorado - Centro Italiano de Ricerche Fenomenologiche. Ex-Reitora da Universidade Sagrado Coração, Bauru. Trabalha na tradução da obra completa de Edith Stein do idioma alemão para o português.

OBJETIVOS: Aprofundar a perspectiva da fenomenologia como método e as contribuições à psicopatologia e aos cuidados oferecidos em psicologia clínica, na área das pesquisas clínicas e psicoterapias.

Datas: 26, 27, 28, 29 e 30 de setembro de 2011 - Horário: 09h00 às 12h00

Local: Anfiteatro do Bloco G do Instituto de Psicologia da USP (www.ip.usp.br)

Inscrições: até o dia 23/setembro/2011. Por email ippsc@usp.br indicar no Assunto: PSC 5922-1 inscrição, enviar nome completo e email para contato. Vagas limitadas!

Alunos regulares: Secretaria de Departamento de Psicologia Clínica – com formulário assinado pelo orientador. * A disciplina será proferida em italiano com tradução consecutiva

* Certificado de presença aos participantes. Organização: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica do IPUSP. Prof. Responsável: Andrés Eduardo Aguirre Antúnez


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

BENTO XVI SOBRE EDITH STEIN: MÁRTIR DO NAZISMO POR AMOR A DEUS E A SEU POVO


Cidade do Vaticano, 09 ago (RV) - A Igreja celebra, nesta terça-feira, a festa litúrgica de Santa Teresa Benedita da Cruz, no século, Edith Stein, co-padroeira da Europa. Filósofa judia alemã converteu-se ao cristianismo em 1921, após ter lido a autobiografia de Santa Teresa d'Avlia. Morreu em 1942 em Auschwitz, junto à irmã Rosa.

Mais vezes Bento XVI deteve-se, em suas catequeses, sobre essa extraordinária figura de mártir. Foram comoventes as palavras que o Papa pronunciou sobre a co-padroeira da Europa, por ocasião da visita ao campo de concentração nazista de Auschwitz, em maio de 2006.

No "horror da noite" da II Guerra Mundial, jamais perdeu de vista "a esperança, o Deus da vida e do amor". Edith Stein é uma mártir do nosso tempo, ressalta Bento XVI. Mártir porque seguiu o Senhor até o fim, e assim venceu o ódio e a violência.

Edith Stein, refugiada num convento carmelita na Holanda, teve a possibilidade de fugir da fúria nazista, mas não quis trair o seu povo: mesmo convertida ao catolicismo, sentiu-se filha de Israel e quis partilhar o seu destino até o fim.

Por isso, na memorável e comovente visita a Auschwitz, o Papa, filho da Alemanha, se deteve, justamente, sobre o testemunho de Edith Stein:

"Como cristã e judia, ela aceitou morrer junto com o seu povo e por ele. Os alemães, que então foram trazidos a Auschwitz-Birkenau e aqui morreram, eram vistos como o opróbrio da nação. Agora, porém, nós os reconhecemos com gratidão como as testemunhas da verdade e do bem, que também em nosso povo não haviam desaparecido. Agradecemos a essas pessoas porque não se submeteram ao poder do mal e agora se encontram diante de nós como luzes numa noite escura." (Auschwitz, 28 de maio de 2006)

Como filósofa, aluna de Husserl, Edith Stein sempre esteve em busca da verdade. E a encontrou na Cruz e compreendeu que a verdade é uma Pessoa: Jesus Cristo. Somente tomando a Cruz podemos acolher a vontade do Senhor, mesmo diante dos sofrimentos mais terríveis – foi o seu ensinamento. "Quanto mais se faz trevas em torno a nós – dizia Edith Stein –, mais devemos abrir o coração à luz que vem do alto":

"A santa carmelita Edith Stein testemunhou-nos isso num tempo de perseguição. Assim escrevia do Carmelo de Colônia, em 1938: "Hoje entendo... o que significa ser esposa do Senhor no sinal da cruz, embora jamais se possa compreender isso totalmente, vez que é um mistério..." (Angelus, 20 de junho de 2010)

Edith Stein, como São Maximiliano Maria Kolbe – também ele vítima do horror nazista –, revelam-nos qual é a lógica do martírio: a morte de Jesus, o "seu sacrifício supremo de amor":

"É a lógica do grão de trigo que morre para germinar e dar vida (cfr. Jo 12,24). Jesus é o grão de trigo vindo de Deus, o grão de trigo divino, que se deixa cair na terra, que perece, que morre e, justamente por isso, se abre e assim pode dar fruto na vastidão do mundo." (Audiência Geral, 11 de agosto de 2011)

"Se lermos a vida dos mártires – observou o Papa, justamente pensando em figuras como Edith Stein e Maximiliano Maria Kolbe – ficaremos surpresos com a serenidade e a coragem deles ao enfrentar o sofrimento e a morte." A graça de Deus "não suprime ou sufoca a liberdade de quem enfrenta o martírio, mas, pelo contrário, a enriquece e a exalta" – reitera Bento XVI:

"O mártir é uma pessoa sumamente livre, livre em relação aos poderes do mundo. Uma pessoa livre que num único ato definitivo doa a Deus toda a sua vida, e num supremo ato de fé, de esperança e de caridade, se abandona nas mãos de seu Criador e Redentor; sacrifica a sua vida para ser associado num modo total ao Sacrifício de Cristo na Cruz. Numa palavra: o martírio é um grande ato de amor em resposta ao imenso amor de Deus." (Audiência Geral, 11 de agosto de 2010) (RL)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O PAI-NOSSO E AS PALAVRAS DE JOÃO PAULO II NA CERIMÔNIA DE CANONIZAÇÃO DE EDITH STEIN, NO DIA 11 DE OUTUBRO DE 1998.

Quanto a mim, que eu não me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. Gl 6, 14).

*PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS
1.SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME
As palavras de São Paulo aos Gálatas, que acabamos de escutar, adaptam-se bem à experiência humana e espiritual de Teresa Benedita da Cruz, que hoje é solenemente inscrita no álbum dos santos. Também ela pode repetir com o Apóstolo: Quanto a mim, que eu não me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.

2.VENHA A NÓS O VOSSO REINO
A cruz de Cristo! No seu constante florescimento, a árvore da Cruz dá sempre renovados frutos de salvação. Por isso, os fiéis olham com confiança para a Cruz, haurindo do seu mistério de amor a coragem e o vigor para caminhar com fidelidade nas pegadas de Cristo crucificado e ressuscitado. Assim, a mensagem da Cruz entrou no coração de muitos homens e mulheres, transformando a sua existência.

3.SEJA FEITA A VOSSA VONTADE
ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU
Um exemplo eloquente desta extraordinária renovação interior é a vicissitude espiritual de Edith Stein. Uma jovem em busca da verdade, graças ao trabalho silencioso da graça divina, tornou-se santa e mártir: é Teresa Benedita da Cruz, que hoje repete do céu a todos nós as palavras que caracterizaram a sua existência: «Quanto a mim, que eu não me glorie, a não ser na cruz de Jesus Cristo».
No dia 1 de Maio de 1987, durante a minha visita pastoral na Alemanha, tive a alegria de proclamar Beata, na cidade de Colônia, esta generosa testemunha da fé. Hoje, a onze anos de distância aqui em Roma, na Praça de São Pedro, é-me dado apresentar solenemente esta eminente filha de Israel e filha fiel da Igreja como Santa perante o mundo inteiro.
Assim como nessa data, também hoje nos inclinamos diante da memória de Edith Stein, proclamando o testemunho invicto que ela deu durante a vida e sobretudo com a morte. Ao lado de Teresa de Ávila e de Teresa de Lisieux, esta outra Teresa vai colocar-se no meio da plêiade de santos e santas que honram a Ordem carmelitana.

4.O PÃO NOSSO DE CADA DIA
NOS DAI HOJE
Diletos Irmãos e Irmãs! Porque era judia, Edith Stein foi deportada juntamente com a irmã Rosa e muitos outros judeus dos Países Baixos para o campo de concentração de Auschwitz, onde com eles encontrou a morte nas câmaras de gás. Hoje recordamo-nos de todos com profundo respeito. Poucos dias antes da sua deportação, a quem lhe oferecia uma possibilidade de salvar a vida, a religiosa respondera: «Não o façais! Por que deveria eu ser excluída? A justiça não consiste acaso no fato de eu não obter vantagem do meu batismo? Se não posso compartilhar a sorte dos meus irmãos e irmãs, num certo sentido a minha vida é destruída».
Doravante, ao celebrarmos a memória da nova Santa, não poderemos deixar de recordar todos os anos também o Shoah, aquele atroz plano de eliminação de um povo, que custou a vida a milhões de irmãos e irmãs judeus. O Senhor faça brilhar o seu rosto sobre eles, concedendo-lhes a paz (cf. Nm 6, 25s.).

5.PERDOAI-NOS AS NOSSAS OFENSAS
ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS
A QUEM NOS TEM OFENDIDO
Estimados Irmãos e Irmãs! O amor de Cristo foi o fogo que ardeu a vida de Teresa Benedita da Cruz. Antes ainda de se dar conta, ela foi completamente arrebatada por ele. No início, o seu ideal foi a liberdade. Durante muito tempo, Edith Stein viveu a experiência da busca. A sua mente não se cansou de investigar e o seu coração de esperar. Percorreu o árduo caminho da filosofia com ardor apaixonado e no fim foi premiada: conquistou a verdade; antes, foi por ela conquistada. De fato, descobriu que a verdade tinha um nome: Jesus Cristo, e a partir daquele momento o Verbo encarnado foi tudo para ela. Olhando como Carmelita para este período da sua vida, escreveu a uma Beneditina: «Quem procura a verdade, consciente ou inconscientemente, procura a Deus».
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6.NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO
Santa Teresa Benedita da Cruz conseguiu compreender que o amor de Cristo e a liberdade do homem se entretecem, porque o amor e a verdade têm uma relação intrínseca. A busca da verdade e a sua tradução no amor não lhe pareciam ser contrastantes entre si; pelo contrário, compreendeu que estas se interpelam reciprocamente. (...) A Irmã Teresa Benedita da Cruz diz a todos nós: Não aceiteis como verdade nada que seja isento de amor. E não aceiteis como amor nada que seja isento de verdade!(...) Como esposa da Cruz, a Irmã Teresa Benedita da Cruz não escreveu apenas páginas profundas sobre a “ciência da cruz”, mas percorreu até o fim o caminho da escola da Cruz. (...) Através da experiência da Cruz, Edith Stein pôde abrir um caminho rumo a um novo encontro com o Deus de Abraão, Isaac e Jacó, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. A fé e a cruz revelaram-se-lhe inseparáveis. Amadurecida na escola da Cruz, ela descobriu as raízes às quais estava ligada a árvore da própria vida. Compreendeu que lhe era muito importante «ser filha do povo eleito e pertencer a Cristo não só espiritualmente, mas inclusive mediante um vínculo sanguíneo».

7. MAS LIVRAI-NOS DO MAL
«Deus é espírito e aqueles que O adoram devem adorá-Lo em espírito e verdade» (Jo 4, 24). Caríssimos Irmãos e Irmãs, com estas palavras o divino Mestre entretém-se com a Samaritana junto do poço de Jacob. Quanto Ele deu à sua ocasional mas atenta interlocutora, encontramo-lo presente também na vida de Edith Stein, na sua «subida ao Monte Carmelo ». A profundidade do mistério divino tornou-se-lhe perceptível no silêncio da contemplação. Ao longo da sua existência, enquanto amadurecia no conhecimento de Deus adorando-O em espírito e verdade, ela experimentava cada vez mais claramente a sua específica vocação de subir à cruz juntamente com Cristo, de abraçá-la com serenidade e confiança, de amá-la seguindo as pegadas do seu dileto Esposo: hoje, Santa Teresa Benedita da Cruz é-nos indicada como modelo em que nos devemos inspirar e como protetora à qual havemos de recorrer. Demos graças a Deus por este dom. A nova Santa seja para nós um exemplo do nosso compromisso no serviço da liberdade e na nossa busca da verdade. O seu testemunho sirva para tornar cada vez mais sólida a ponte da recíproca compreensão entre judeus e cristãos. Santa Teresa Benedita da Cruz, ora por nós! Amém.

Horácio Dídimo
As Harmonias do Pai-Nosso

CD "BUSCA LA VERDAD" - EDITH STEIN

Dia litúrgico de Edith Stein.


"Quem busca a VERDADE busca DEUS ,mesmo que não saiba!" EDITH STEIN‏

Hoje, festa de SANTA EDITH STEIN , rezemos e cantemos com ela."
"NELA A SÍNTESE DE NOSSO SÉCULO...ACIMA DE TUDO ...SÍNTESE DA VERDADE SOBRE O SER HUMANO" (JOÃO PAULO II ) .
No Coração de Jesus , um grande abraço! Ir Jacinta


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia/ANPOF

É com alegria que comunicamos que nosso I Simpósio Filosófico Internacional Edith Stein está sendo divulgado no site da Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia/ ANPOF





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